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Propósito em Ação: Escolhas que Transformam

  • Foto do escritor: Priscila Z Vendramini Mezzena
    Priscila Z Vendramini Mezzena
  • 21 de jan.
  • 3 min de leitura

Voltando de breve férias e motivada pelo espírito de um novo ano, retomo minhas reflexões com alegria renovada. No final de 2024, propus recapitular as conquistas como um exercício de motivação e gratidão. Agora, com o amanhecer de 2025, é hora de olhar para o futuro. Diante de um novo capítulo a ser escrito, somos convidados a definir metas e objetivos para realizar sonhos, aproveitar oportunidades e crescer. Este é um momento fértil não apenas para definir “o quê” fazer, mas também para refletir sobre o “por quê” de nossas escolhas.


Nesse sentido, algumas reflexões de Simon Sinek podem ser valiosas para a tomada de decisões em contextos profissionais e empresariais. Em 2009, Sinek escreveu o livro Start with Why e, em seu famoso, intrigante e ainda relevante TED Talk de mesmo nome, introduziu o Golden Circle, um diagrama de três camadas concêntricas que representam perguntas. A camada mais externa é “o quê?”, seguida de “como?” e, no núcleo, “por quê?”. Sinek argumenta que empresas e líderes inspiradores que se destacam pensam do núcleo para fora. O “por quê” representa propósitos, causas e crenças, e é por meio delas que as pessoas se conectam: “As pessoas não compram o que você faz; elas compram o por quê você faz”, afirmou Sinek. Ele também faz um paralelo entre a estrutura do cérebro e o Golden Circle: o cérebro límbico (responsável pelas emoções e pela tomada de decisões) conecta-se com o “por quê”. Em contraste, o neocórtex (responsável pelo pensamento racional) processa o “o quê”.


No âmbito pessoal, descobrir esse “por quê” pode ser traduzido no conceito japonês de Ikigai, que representa nossa razão de ser e o grande motivador de nossas realizações. No livro Ikigai – Os Segredos dos Japoneses para uma Vida Longa e Feliz, Héctor Garcia e Frances Miralles exploram a filosofia do Ikigai juntamente com outros fatores que explicam a longevidade dos japoneses, particularmente na Ilha de Okinawa. Eles citam Dan Buettner, cujas descobertas também podem ser vistas na série da Netflix Viver Até os 100: Os Segredos das Zonas Azuis (escrevi a respeito neste artigo). Os autores também mergulham nas experiências do neuropsiquiatra austríaco Viktor Frankl, com a logoterapia (uma abordagem psicológica que ajuda as pessoas a encontrar sentido na vida), e na terapia do japonês Shoma Morita (que propõe a aceitação natural de nossos sentimentos).


Adquiri e li Ikigai durante minha viagem ao PMI Global Summit em Los Angeles no ano passado. Gostaria de destacar duas apresentações desse evento que abordaram esse tema de forma envolvente*. Na abertura, Afdhel Aziz, um dos autores de Good is the New Cool, explorou o poder do propósito. Ele afirmou que vivemos na "Era do Propósito," que apresenta oportunidades (como a "descarbonização" de tudo), atuando como um impulsionador de crescimento e de vantagem competitiva. No âmbito pessoal, o propósito serve tanto de inspiração quanto de direção, resultando em vários benefícios físicos e motivacionais para os indivíduos, outros e o mundo. Ele propõe um "GPS" para o Propósito, traduzido como Gifts (o que você faz bem, seus "superpoderes"), Passions (suas paixões relacionadas a resolver problemas) e Service (como você pode contribuir para algo maior que você). Na interseção dos três está o seu propósito.


Na enérgica apresentação de encerramento, "A Falácia do Impossível," Mick Ebeling compartilhou as origens de sua empresa, Not Impossible Labs, e como ela tem impactado positivamente muitas vidas ao longo dos anos, como através do desenvolvimento de dispositivos para pessoas com deficiências. A não conformidade com certas situações catalisa a ação. Ele propõe um modelo: identificar um absurdo (problema), comprometer-se a resolvê-lo e, em seguida, pensar em como resolvê-lo, com base no raciocínio de que as coisas que temos hoje já foram consideradas impossíveis. Ele concluiu sua apresentação com um chamado à ação, instando-nos a considerar os problemas da humanidade e como nossas habilidades podem ser usadas para abordá-los.


Definir e abraçar nosso propósito pode ser desafiador, seja no âmbito empresarial, profissional ou pessoal. No entanto, é por meio do propósito que encontramos energia para realizar projetos e nos destacarmos como profissionais e seres humanos. Em um mundo totalmente interconectado, onde os efeitos de nossas ações ecoam sem barreiras, refletir profundamente sobre nosso impacto é uma responsabilidade que não podemos negligenciar. Ao começarmos o novo ano, o convite é claro: que nossas escolhas sejam guiadas pelo que queremos fazer e pelo por quê que nos move. Ao fazer isso, podemos trilhar um caminho mais significativo para nós mesmos e para o mundo ao nosso redor.


*Apresentações disponíveis sob demanda em www.pmi.org, My Events, até 31 de janeiro de 2025.




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Priscila Z Vendramini Mezzena

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